A maconha ou cannabis, também conhecida por vários nomes populares, refere-se a várias drogas psicoativas e medicamentos derivados de plantas do gênero
Cannabis. Farmacologicamente, o principal constituinte psicoativo desse tipo de planta é o
tetrahidrocanabinol (THC), um dos 400 compostos da planta, incluindo outros canabinoides, como o canabidiol (CBD), canabinol (CBN) e tetrahidrocanabivarin (THCV).
Dr.
Jack E. Henningfield, do National Institute on Drug Abuse (NIDA), classificou a dependência relativa de seis substâncias diferentes (cannabis, cafeína, cocaína, álcool, heroína e nicotina) durante um estudo. A cannabis foi considerada a menos viciante, sendo a cafeína a segunda menos viciante. A nicotina foi classificada como a substância que causa maior dependência entre as avaliadas.
O
THC é uma substância química bastante potente quando comparado às outras drogas psicoativas. Uma dose intravenosa de apenas um miligrama (mg), pode produzir sérios efeitos mentais e psicológicos. Uma vez na corrente sanguínea, o THC alcança o cérebro em poucos segundos após ser inalado, e começa a agir imediatamente.
Os usuários de maconha normalmente descrevem a experiência do fumo inicialmente como relaxante, criando uma sensação de nebulosidade e leveza. Os olhos dos usuários podem dilatar, causando a impressão de que as cores possuem maior intensidade. Outros sentidos também podem se alterar. Depois, sentimentos de paranóia e pânico também podem se manifestar nos usuários. A interação do THC com o cérebro é o que causa estes sentimentos. Para entender como a maconha afeta o cérebro, você precisa saber sobre as partes do cérebro que são afetadas pelo THC:
* Neurônios são as células que processam as informações no cérebro. Substâncias químicas chamadas
neurotransmissores permitem que os neurônios comuniquem-se entre si;
* Neurotransmissores preenchem a fenda sináptica ou sinapse - espaço entre dois neurônios - e se ligam aos receptores de proteína, que ativam diversas funções e permitem ao cérebro e ao corpo ligar e desligar;
* Alguns neurônios possuem milhares de receptores que são específicos para neurotransmissores em particular;
* Substâncias químicas estranhas, como o
THC, podem copiar ou bloquear as ações dos neurotransmissores e interferir nas funções normais.
Em seu cérebro, existem grupos de receptores canabinóides concentrados em diferentes lugares. Estes receptores possuem efeitos em diversas atividades mentais e físicas, incluindo:
* memória de curto prazo
* coordenação
* aprendizado
* soluções de problemas
Receptores canabinóides são ativados por um neurotransmissor chamado
anandamida. A
anandamida pertence ao grupo das substâncias químicas chamadas de canabinóides. O
THC também é uma substância deste grupo e copia as ações da anandamida, o que significa que o THC se liga aos receptores canabinóides ativando os neurônios, com efeitos adversos sobre o próprio cérebro e o restante do corpo.
Existem altas concentrações de receptores canabinóides no
hipocampo,
cerebelo e nos
gânglios basais. O hipocampo está localizado no lobo temporal sendo importante para a
memória de curto prazo. Quando o THC se liga aos receptores canabinóides dentro do hipocampo, interfere na lembrança de eventos recentes. O THC também afeta a
coordenação, que é controlada pelo cerebelo. Os gânglios basais controlam os movimentos involuntários dos músculos, o que apenas debilita, ainda mais, a coordenação motora quando sob a influência da maconha.
Classificação psicoativa
Embora muitas drogas psicoativas enquadrem-se claramente na categoria de estimulante, sedativo ou alucinógeno, a cannabis apresenta uma mistura de todas essas propriedades, talvez inclinando-se mais para características alucinógenas ou psicodélicas, embora com outros efeitos bastante pronunciados.
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/ e http://pt.wikipedia.org